Advento significa preparação para a vinda do Messias na carne quente e humana de Jesus Cristo na festa do Natal. Advento simboliza ainda a preparação da humanidade para a chegada do Salvador do Mundo. E Ele já veio. Por isso não deveria em si haver mais o tempo do advento. O tempo da espera e das trevas já passou e andamos à luz do Esperado que já irrompeu.
18 de dez. de 2019
As três figuras bíblicas do Advento
– Liturgia e espiritualidade
Frei Régis G. Ribeiro Daher
♦ O significado da palavra: vinda, chegada.
♦ O Advento é ponto de partida e ponto de chegada do ano litúrgico (espiral do tempo).
Advento, ponto de partida do Ano Litúrgico
O Tempo do Advento é o ponto de partida do Ano Litúrgico: a espera do Messias. Os fiéis se preparam pela conversão para a celebração dessa vinda: “Revestido de nossa fragilidade, ele veio a primeira vez… revestido de sua glória, ele virá uma segunda vez” (Prefácio do Advento I).
17 de dez. de 2019
Advento no Catecismo Católico
A seleção de alguns textos do Catecismo da Igreja Católica pode nos ajudar a meditar, refletir e a se colocar na atitude de espera. Não de qualquer espera, mas daquela iluminada pela fé e pelo amor, de quem sabe a quem aguarda. Mesmo sem o saber, a humanidade toda está a espera de uma felicidade sem fim, e do fim de toda dor e sofrimento. Para nós este sentido último da vida tem nome e é uma pessoa: Jesus Cristo, o filho de Deus. A vida toda é advento, porque no tempo de cada um o Cristo vem nos salvar.
(o número da margem refere-se ao texto do catecismo)
16 de dez. de 2019
A Coroa de Advento
Desde a sua origem a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal sobretudo às crianças, preparar-se para a celebração do Santo Natal, suscitar a oração em comum, mostrar que Jesus Cristo é a verdadeira luz, o Deus da Vida que nasce para a vida do mundo. O lugar mais natural para o seu uso é família.
O Lugar E Postura Da Presidência Na Liturgia
“Nas celebrações litúrgicas, seja quem for, ministro ou fiel, exercendo o seu ofício, faça tudo e só aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete (SC, 28)”.
15 de dez. de 2019
Ele vem…
.
Breves reflexões sobre o Advento e o Natal
Frei Almir Guimarães
Sou eu, o Senhor, que me aproximo,
a minha justiça já está perto,
a minha salvação já não demora! (Liturgia do Advento)
Vem, ó Jesus, envolto em paninhos,
não no furor das armas!
Na humildade
e não nos coisas grandes.
No presépio
e não nas nuvens dos céus.
Nos braços de tua mãe
e não num trono de glória.
Sobre um burrico
e não carregado por querubins.
Ao nosso encontro,
e não contra nós.
Para salvar,
e não para julgar.
Para visitar na paz
não para condenar no furor.
Se tu vens assim, ó Jesus,
em vez de fugir de ti
correremos aos teu encontro!
Pierre de Celles (séc. XIII)
******************************************
Levantai a vossa cabeça e olhai,
pois a vossa redenção se aproxima!
Liturgia do Advento
Deus assumiu meu rosto
Seu amor por mim
humilhou sua grandeza.
Ele se fez semelhante a mim
para que eu o receba.
Fez-se semelhante a mim
para que eu possa revestir-me dele.
Ao vê-lo não tive medo
porque ele é a misericórdia para mim.
Assumiu minha natureza
para que eu o compreenda,
assumiu um rosto
para que eu não me afaste dele.
Natal é Deus conosco e a festa da encarnação do Verbo:
*******************************************************
Será um menino pequeno ou uma luz que, dormindo, nos sorri?Pelo simples fato de olhar esta criança, a alma se ilumina.
Maurice Carême
Menino Jesus,
não há ninguém à minha volta
nesta igreja vestida de penumbra.
Estou diante de teu presépio.
Contemplo teu rosto sereno e tuas mãos tão pequenas
aí deitado no estábulo do boi e do burro.
Tu te remexes, Menino das Palhas,
olhas de um lado para o outro,
estendes tuas mãos,
acolhes os visitantes simples que são os pastores.
Menino Jesus,
tu és o nosso Deus feito criança, feito semblante,
feito mãos e pés.
Tu, Menino das Palhas, Deus de toda beleza,
que sejas bem vindo entre nós
e possas sentir-te à vontade nessa nossa casa.
Abrimos nossas casas e nossos corações.
Vem sentar-te conosco,
comer a comida de nossas mesas,
escutar as batidas de nosso coração,
sentir o vai e vem de nossa respiração.
Deus grande e Deus belo,
tu vês essa mulher que está perto de teu presépio,
mulher reta e simples que quer comemorar mais uma vez
a festa de tua natividade.
Tu tens mãos para tocar os doentes,
Voz para que tua mensagem chegue ao fundo dos corações
Pés para caminhar porque felizes são os passos do mensageiro da paz.
Que o mundo saiba que há uma grande esperança
Porque Deus veio morar para sempre na terra dos homens.
Hoje desceu do céu para nós a verdadeira paz.
Hoje os céus destilam mel por todo o mundo.
Da Liturgia do Natal
Dos Sermões de São Pedro Crisólogo
No tempo do natal temos vontade de pedir a paz:
Senhor, ressoa ainda em nossos ouvidos
as tuas palavras: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz,
mas não a dou como o mundo”.
Quisera eu poder ser instrumento da paz
num mundo de violência e de dilaceramentos.
Quebra a paz o desejo de ser maior e mais aquinhoado
que os outros.
Quebra a paz a inveja e o desejo de vingança.
Quebra a paz as fissuras de nosso coração.
Quebra a paz a tortura de indefesos nas prisões e delegacias
por pessoas sem escrúpulo e animalizadas.
Não temos paz para sair à noite,
não temos paz com a violência no trânsito
não temos paz com a inflação de sons e de ruídos.
Não possui paz a criança que perdeu o pai na guerra dos traficantes
ou que percebe que seus pais não se amam e vão se separar.
Há paz onde há perdão.
Há paz onde se respeita a dignidade e o mistério da pessoa,
onde os adversários procuram estender as mãos
Há paz quando Deus visita o interior de cada um com seu manto de misericórdia.
O Menino da Palhas é o príncipe da paz.
Dá-nos, Senhor, a paz e faze de nós instrumentos de pacificação.
Belo texto de Pierre Guilbert:
A paz poderá vir
se, para ti, o outro é antes de tudo um irmão,
se a cólera for para ti uma fraqueza e não uma prova de força,
se preferes sair prejudicado a lesar alguém,
se te recusas a dizer que depois de ti só virão catástrofes,
se te colocas do lado do pobre e do oprimido sem a pretensão de ser herói,
se crês que o amor é a única forma de dissuasão,
se crês que a paz seja possível…
… então a paz poderá vir!
Breves reflexões sobre o Advento e o Natal
Frei Almir Guimarães
Eis, de longe está vindo o Senhor, seu fulgor enche todo o universo (Liturgia do Advento).
Deus está para chegar. Este é o clamor do Advento. Na vida é fundamental saber e querer esperar. Haverá Natal para aqueles que esperam a visita de Deus nos cantos do coração e para os que arregaçam as mangas no empenho de eliminar a desesperança. Não falamos de uma esperança passiva e inerte, mas ativa, resoluta e decidida. Ninguém vive sem esperança.
A mãe espera ansiosamente a chegada do filho que se aninhou em seu seio. A moça que trabalha no caixa do supermercado espera o final de seu expediente para encontrar o marido e os filhos e se ocupar das coisas da casa, lá onde ela se sente muito bem. O casal espera que seu relacionamento melhore para que ele e ela possam sonhar novos sonhos e esboçar sólidos projetos de bem querer para o tempo da vida que vem. O amigo aguarda o amigo na rodoviária ou no aeroporto pensando na festa do coração. Eles terão muitas coisas a se dizer…
Há essa espera fundamental do Senhor na vida. Sem ela não há natal, não há nascimento de Deus na trama da vida de ninguém. Agostinho de Hipona lembra: “Irrequieto é nosso coração enquanto não descansar em Deus!” Felizes aqueles que não se satisfazem com coisas pequenas, coisinhas e bugigangas, mas dilatam o horizonte de seus anseios e desejos. Os salmos nos falam do homem sedento de Deus, desejoso da visita do Alto: “Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus! Minh’alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face do Deus vivo?” (Sl 41,2-3). Assim como a terra se abre à chuva, da mesma forma o coração inquieto espera uma água que vem do alto. “Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado. Que a terra se abra e germine o Salvador”.
É fundamental esperar Deus! “Espero Deus com gulodice” (Arthur Rimbaud). Não temos o direito de domesticar o futuro. Este precisa ficar aberto. Deus precisa ser livre para fazer de nós e do mundo o que quer e não aquilo que pouco sabiamente programamos e queremos que ele realize.
Nossa medida não é a medida do Senhor.
Homens e mulheres de advento são peregrinos, não param de caminhar. Não se pode parar porque Deus vem do amanhã que ainda não existe.
Existe uma espera impaciente que queima as etapas, que não respeita os tempos interiores. Tal impaciência faz de nós seres tensos incapazes de viver o momento presente. Fugimos. Corremos de um lado para o outro. A esperança não é nervosismo, embora seja ativa.
Dante Alighieri, na sua “Divina Comédia”, coloca na entrada do inferno a seguinte advertência: “Vós que entrais, colocai de lado toda esperança” Uma vida sem esperança é o inferno antecipado.
São jovens os que fazem projetos para o futuro. Thomas Mann afirma: “O tempo que se passa esperando, não envelhece o homem!”
Por isso, o Advento tem este perfume: Ele vem, vem ao nosso encontro, quebrar a nossa solidão, sonhar os nossos sonhos, viver a nossa vida e assim não estaremos mais sós…
Deus está para chegar no fragilidade do rosto do Menino das Palhas…
Nosso Deus há de vir com poder
iluminar nosso olhar, aleluia.
As Normas Litúrgicas para o Ano litúrgico dizem: “ O tempo do Advento possui uma dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (n. 39).
“O Senhor Jesus vem de muitos modos no presente. Ele manifesta-se nos irmãos; manifesta-se na Sagrada Escritura, na Igreja, nas ações litúrgicas. Ele vem sempre. Podemos dizer que a vida cristã, constitui um permanente advento do Senhor. Contudo, num determinado período do ano este advento do Senhor é tematizado de modo mais intenso. É o tempo do Advento em que a Igreja se coloca à espera do Senhor, comemorando sua vinda no passado e proclamando sua outra vinda no futuro” ( Frei Alberto Beckhäuser, OFM, Viver o Ano Litúrgico, Vozes 2003, Petrópolis, p. 50).
Cirilo de Jerusalém (séc. IV) fala das duas vindas de Cristo. A primeira se revestiu de um aspecto de sofrimento, a segunda manifestará a coroa da realeza divina. Houve uma primeira descida de Cristo, discreta como a chuva sobre a relva e haverá outra, no esplendor, e que se realizará no futuro: “Na primeira ela foi envolto em faixas e reclinado no presépio; na segunda, será revestido de um manto de luz. Na primeira ele suportou a cruz, sem recusar a sua ignomínia; na segunda, virá cheio de glória, cercado de uma multidão de anjos” (Lit. das Horas, I, p. 113-114).
Bernardo de Claraval (séc. XII), por sua vez, fala de uma tríplice vinda de Cristo. Entre a primeira, a do presépio, e a última no fim dos tempos, há uma vinda intermediária. A primeira e a última são visíveis, a intermediária, não. “Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que traspassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com o esplendor de sua glória’’ (Lit. das Horas I, p. 138).
“Celebrando cada ano o mistério do Advento, a Igreja nos exorta a renovar continuamente a lembrança de tão grande amor de Deus para conosco. Ensina-nos também que a vinda de Cristo não foi proveitosa apenas para os seus contemporâneos, mas que a sua eficácia é comunicada a todos nós se, mediante a fé e os sacramentos, quisermos receber a graça que ele nos prometeu e orientar a nossa vinda conforme os seus ensinamentos (S. Carlos Borromeu).
Sou eu, o Senhor, que me aproximo,
a minha justiça já está perto,
a minha salvação já não demora! (Liturgia do Advento)
Vem, ó Jesus, envolto em paninhos,
não no furor das armas!
Na humildade
e não nos coisas grandes.
No presépio
e não nas nuvens dos céus.
Nos braços de tua mãe
e não num trono de glória.
Sobre um burrico
e não carregado por querubins.
Ao nosso encontro,
e não contra nós.
Para salvar,
e não para julgar.
Para visitar na paz
não para condenar no furor.
Se tu vens assim, ó Jesus,
em vez de fugir de ti
correremos aos teu encontro!
Pierre de Celles (séc. XIII)
******************************************
Levantai a vossa cabeça e olhai,
pois a vossa redenção se aproxima!
Liturgia do Advento
Nossa sociedade conseguiu realizar uma imensa proeza. Tirou Jesus do presépio e esvaziou o Natal da presença do Menino das Palhas, do Deus que vem nos visitar. Os grandes centros comerciais do país ignoram a mensagem cristã: luzes, brilhos, dourados, temática de bichinhos para atrair as crianças….e nada de presépio. Come-se, bebe-se, há presentes trocados, mas sem Jesus, aquele que é a alma do Natal.
“Para conquistar os homens, elevá-los a si, para falar com eles, Deus veio a este mundo como criança; como um balbucio que é fácil sufocar. E, de fato, as pessoas o sufocam… Sufocam-no fazendo do Natal a festa da sociedade de consumo, do esbanjamento, do institucionalizado, festa dos presentes e das decorações luminosas, do décimo terceiro salário, dos espumantes e panetones; festa de certa poesia generalizada, de um difuso sentimentalismo com verniz de generosidade e emoção. Outros sufocam o Deus-Menino impedindo-o de crescer. Deus permanece criança por toda a vida; uma frágil estatueta de terracota, relegada a uma caixa, que se coloca no presépio uma vez por ano; é preciso um pretexto para dar aparência religiosa a este natal pagão. As palavras que esta criança trouxe aos homens não são ouvidas; são exigentes e inoportunas, enquanto um cristianismo adocicado é mais cômodo” ( Missal Dominical da Paulus, p.80).
Exprime bem o sentido do Natal este texto judeu-cristão do século II atribuído a um certo Salomão:
Deus assumiu meu rosto
Seu amor por mim
humilhou sua grandeza.
Ele se fez semelhante a mim
para que eu o receba.
Fez-se semelhante a mim
para que eu possa revestir-me dele.
Ao vê-lo não tive medo
porque ele é a misericórdia para mim.
Assumiu minha natureza
para que eu o compreenda,
assumiu um rosto
para que eu não me afaste dele.
Natal é Deus conosco e a festa da encarnação do Verbo:
Aquele que por sua natureza era igual ao Pai aniquilou-se assumindo a condição de escravo: despiu-se da majestade e do poder, não porém da bondade e da misericórdia. De fato, o que diz o Apóstolo? A bondade e a humanidade de Deus, nosso salvador se manifestaram (Tt 3,4). Seu poder aparecera anteriormente na criação do universo, e sua sabedoria se manifestava no governo de todas as coisas, mas a doçura de sua misericórdia apareceu sobretudo, agora, na sua humanidade (S. Bernardo de Claraval)
*******************************************************
Quero evocar a lembrança do Menino que nasceu em Belém e todos os incômodos que sofreu desde a sua infância: quero vê-lo tal qual ele era, deitado numa manjedoura e dormindo sobre o feno, entre um boi e um burro
1Celano 84
Num lugarejo chamado Greccio, não muito longe de Rieti, dois anos antes de sua morte, Francisco resolveu fazer uma encenação do presépio: um manjedoura, os animais, as coisas simples, o essencial. Na noite santa a celebração da eucaristia. Sobre a toalha do altar, verdadeiro presépio, o Cristo pão. Natal e Eucaristia se conjugam.
Queria o santo ver com seus próprios olhos, plasticamente, como as coisas tinham acontecido. Singeleza, simplicidade… Um menino todo fragilidade como todos os meninos da face da terra, filho da Pobre Maria, da Paupércula. O menino dependia dos peitos da mãe. Uma criança que vem do infinito e que necessita de todos os cuidados e atenções dos humanos. O Santo fica extasiado com o Deus pobre. A pobreza do Filho de Deus passa a ser a sua via, a sua estrada. Pobreza que é caminho, mas é esposa. Francisco compreenderá que a pobreza acompanhará os passos de Cristo e ele não querer outra coisa senão seguir os passos de Jesus e de sua mãezinha pobre.
O sacerdote celebrou a missa, Francisco fez o sermão, parecia ter mel nos lábios quando falava o nome de Jesus. E quando pronunciava a palavra Belém era como se imitasse o som do balido de uma ovelha… Êxtase diante de Deus feito criança e pobreza.
Achava o santo que se deveria, no Natal, esfregar carne nas paredes para que estas soubessem que Deus veio morar entre nos. Queria também que os animais, sobretudo os pássaros, recebessem ração dupla e , quando natal caísse em sexta-feira ficava abolido o jejum.
Há um mistério de paz, de bondade e de proximidade no presépio do frágil menino.
Será um menino pequeno ou uma luz que, dormindo, nos sorri?Pelo simples fato de olhar esta criança, a alma se ilumina.
Maurice Carême
Menino Jesus,
não há ninguém à minha volta
nesta igreja vestida de penumbra.
Estou diante de teu presépio.
Contemplo teu rosto sereno e tuas mãos tão pequenas
aí deitado no estábulo do boi e do burro.
Tu te remexes, Menino das Palhas,
olhas de um lado para o outro,
estendes tuas mãos,
acolhes os visitantes simples que são os pastores.
Menino Jesus,
tu és o nosso Deus feito criança, feito semblante,
feito mãos e pés.
Tu, Menino das Palhas, Deus de toda beleza,
que sejas bem vindo entre nós
e possas sentir-te à vontade nessa nossa casa.
Abrimos nossas casas e nossos corações.
Vem sentar-te conosco,
comer a comida de nossas mesas,
escutar as batidas de nosso coração,
sentir o vai e vem de nossa respiração.
Deus grande e Deus belo,
tu vês essa mulher que está perto de teu presépio,
mulher reta e simples que quer comemorar mais uma vez
a festa de tua natividade.
Tu tens mãos para tocar os doentes,
Voz para que tua mensagem chegue ao fundo dos corações
Pés para caminhar porque felizes são os passos do mensageiro da paz.
Que o mundo saiba que há uma grande esperança
Porque Deus veio morar para sempre na terra dos homens.
Hoje desceu do céu para nós a verdadeira paz.
Hoje os céus destilam mel por todo o mundo.
Da Liturgia do Natal
Natal nos lembra paz. Cristo é o príncipe da paz. No seu nascimento os anjos cantaram a paz. Depois de sua ressurreição ele dá a paz aos seus apóstolos.
“Como é desejável esse nome de paz, estável fundamento da fé cristã e e celeste ornamento do altar do Senhor! E que poderíamos dizer que fosse digno desta paz? O próprio nome de Cristo é paz, como diz o Apóstolo: Cristo é a nossa paz, de ambos os povos fez um só (Ef 2,14). Pois bem: assim como quando o rei está para sair, as ruas são limpas, e toda a cidade é ornada de flores e enfeites variados, de modo que não haja nada menos digno de se mostrar a ele, também agora, a chegada do Cristo, rei da paz, seja retirado tudo que é triste; e, ao brilhar a verdade, seja afugentada a mentira, cesse o conflito, resplandeça a concórdia. Por isso, se também na terra a paz é louvada pelos santos, o esplendor de seu louvor é realizado no céu onde os anjos a louvam, dizendo: Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama (Lc 2.14). Vede, irmãos, como os habitantes do céu e da terra trocam entre si os presentes da paz: enquanto os anjos anunciam a paz na terra, os santos da terra louvam o Cristo, que é nossa paz e está nos céus, e todos cantam juntos em místicos coros: Hosana nas alturas!
Dos Sermões de São Pedro Crisólogo
No tempo do natal temos vontade de pedir a paz:
Senhor, ressoa ainda em nossos ouvidos
as tuas palavras: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz,
mas não a dou como o mundo”.
Quisera eu poder ser instrumento da paz
num mundo de violência e de dilaceramentos.
Quebra a paz o desejo de ser maior e mais aquinhoado
que os outros.
Quebra a paz a inveja e o desejo de vingança.
Quebra a paz as fissuras de nosso coração.
Quebra a paz a tortura de indefesos nas prisões e delegacias
por pessoas sem escrúpulo e animalizadas.
Não temos paz para sair à noite,
não temos paz com a violência no trânsito
não temos paz com a inflação de sons e de ruídos.
Não possui paz a criança que perdeu o pai na guerra dos traficantes
ou que percebe que seus pais não se amam e vão se separar.
Há paz onde há perdão.
Há paz onde se respeita a dignidade e o mistério da pessoa,
onde os adversários procuram estender as mãos
Há paz quando Deus visita o interior de cada um com seu manto de misericórdia.
O Menino da Palhas é o príncipe da paz.
Dá-nos, Senhor, a paz e faze de nós instrumentos de pacificação.
Belo texto de Pierre Guilbert:
A paz poderá vir
se, para ti, o outro é antes de tudo um irmão,
se a cólera for para ti uma fraqueza e não uma prova de força,
se preferes sair prejudicado a lesar alguém,
se te recusas a dizer que depois de ti só virão catástrofes,
se te colocas do lado do pobre e do oprimido sem a pretensão de ser herói,
se crês que o amor é a única forma de dissuasão,
se crês que a paz seja possível…
… então a paz poderá vir!
13 de nov. de 2019
Exame de consciência para um boa confissão
Oração para antes da Confissão:
“Senhor, iluminai-me para me observar como Vós me observas, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efetivamente dos meus pecados. O Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.”
Como se Confessar:
“Antes de mais, examine bem a sua consciência. Em seguida, diga ao sacerdote que pecados específicos cometeu, e, com a maior exatidão possível, quantas vezes os cometeu desde a sua última boa confissão. Só é obrigado a confessar os pecados mortais, visto que, pode obter o perdão dos seus pecados veniais através de sacrifícios e atos de caridade. Se estiver em dúvida sobre se um pecado é mortal ou venial, mencione ao confessor a sua dúvida. Recorde-se, também, que a confissão dos pecados veniais ajuda muito a evitar o pecado e a avançar na direção do Céu.”
8 de nov. de 2019
Por quanto tempo Jesus fica presente na Eucaristia após recebermos a Comunhão?
Temos que dar o devido respeito ao Nosso Senhor
O grande tesouro da Igreja Católica é a Eucaristia – o próprio Jesus disfarçado sob as aparências do pão e do vinho. Cremos que, como diz o Catecismo, “No santíssimo sacramento da Eucaristia estão ‘contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo’”(CCC 1374).
Você sabe porque se coloca um tecido amarrado nas mãos do sacerdote no dia de sua ordenação? Vamos aprender juntos
O tecido usado para amarrar as mãos do sacerdote no dia da sua ordenação é chamado "manutergium" (do latim "manu" e "tergium", que significa "toalha de mão"). Esse pano deve ser guardado pela mãe do sacerdote durante toda a sua vida e enterrado junto consigo,4 entrelaçado em suas mãos, como sinal de que aquela é a mãe de um sacerdote.
Segundo a tradição, quando a mãe se apresentar diante de Deus, Ele perguntará: "Eu te dei a vida. O que você me deu?"
Então ela vai entregar o manustérgio e responder: "Senhor, eu te dei o meu filho como sacerdote".
1 de nov. de 2019
DIA DE TODOS OS SANTOS
Dia - 01 de Novembro
Todos os Santos
"Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, detodas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono ediante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão."
A visão narrada por são João Evangelista, no Apocalipse,fala dos santos aos quais é dedicado o dia de hoje. A Igreja de Cristo possuimuitos santos canonizados e a quantidade de dias do calendário não permite queeles sejam homenageados com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também,muitos outros santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e nanulidade, carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dosensinamentos de Jesus.
30 de out. de 2019
Crisma: um tapinha não dói !
Na cerimônia do Crisma, logo após receber a unção própria do Sacramento, muitos crismandos são surpreendidos por um tapa na cara, bem dado pelo celebrante. Uns olham atônitos, com quem pensa: "Será que o padre contou pro bispo o que eu disse na confissão?". Não, amigos. O tapa faz parte do rito (informalmente)!
29 de out. de 2019
26 de out. de 2019
18 de out. de 2019
São Lucas
Santo do dia 18 de Outubro
Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas.
17 de out. de 2019
Santo Inácio de Antioquia, portador de Deus
Santo Inácio de Antioquia, portador de Deus
Santo do dia 17 de Outubro
Santo do dia 17 de Outubro
Santo Inácio de Antioquia foi muito amado em Antioquia e no Oriente todo
Neste dia deparamos com a fé ardente, doação completa e amor singular ao Cristo do mártir Inácio, sucessor de São Pedro em Antioquia da Síria, que desde a infância conviveu com a primeira geração dos cristãos.
16 de out. de 2019
Santa Margarida Maria Alacoque, devota do Sagrado Coração de Jesus
Santo do dia 16 de Outubro
Santa Margarida Maria Alacoque, diante do Coração Eucarístico começou a ter revelações divinas
Deus suscitou este luzeiro, ou seja, portadora da luz, que é Cristo, num período em que na Igreja penetrava as trevas do Jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos sacramentos). O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligado à fervorosa devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Nasceu na França em 1647, teve infância e adolescência provadas, sofridas. Órfã de pai e educada por Irmãs Clarissas, muito nova pegou uma estranha doença que só a deixou depois de fazer o voto à Santíssima Virgem.
15 de out. de 2019
13 de out. de 2019
Irmã Dulce
ORAÇÃO OFICIAL A SANTA DULCE DOS POBRES
(Composta por Dom Geraldo Majela)
Senhor nosso Deus, lembrados de Vossa Filha, a Santa Dulce dos Pobres, cujo coração ardia de amor por Vós e pelos irmãos, particularmente os pobres e excluídos, nós vos pedimos: dai-nos idêntico amor pelos necessitados; renovai nossa fé e nossa esperança e concedei-nos, a exemplo desta Vossa filha, viver como irmãos, buscando diariamente a santidade, para sermos autênticos discípulos missionários de Vosso Filho Jesus. Amém (aqui, faça seu pedido pessoal).
(Composta por Dom Geraldo Majela)
Senhor nosso Deus, lembrados de Vossa Filha, a Santa Dulce dos Pobres, cujo coração ardia de amor por Vós e pelos irmãos, particularmente os pobres e excluídos, nós vos pedimos: dai-nos idêntico amor pelos necessitados; renovai nossa fé e nossa esperança e concedei-nos, a exemplo desta Vossa filha, viver como irmãos, buscando diariamente a santidade, para sermos autênticos discípulos missionários de Vosso Filho Jesus. Amém (aqui, faça seu pedido pessoal).
12 de out. de 2019
Nossa Senhora da Conceição Aparecida - Padroeira do Brasil
Lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora das famílias brasileiras
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).
Dia de Nossa Senhora Aparecida
Obrigada por me ouvir quando ninguém ouviu;
Obrigada por suportar minhas lágrimas mais secretas;
Obrigada mãe por não desistir de mim e me ensinar a força do amor!
Hoje presto a ti a minha homenagem!
Viva Maria, mãe de Jesus!
Viva Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil
Obrigada por suportar minhas lágrimas mais secretas;
Obrigada mãe por não desistir de mim e me ensinar a força do amor!
Hoje presto a ti a minha homenagem!
Viva Maria, mãe de Jesus!
Viva Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil
11 de out. de 2019
🎶Oh,Minha Senhora e também minha mãe
Eu me ofereço inteiramente, todo a vós
E em prova da minha devoção, eu hoje vos dou meu coração
Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca
Tudo o que sou, desejo que a vós pertença
Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me
Como filho e propriedade vossa, Amém
Como filho e propriedade vossa, Amém🎶
Eu me ofereço inteiramente, todo a vós
E em prova da minha devoção, eu hoje vos dou meu coração
Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca
Tudo o que sou, desejo que a vós pertença
Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me
Como filho e propriedade vossa, Amém
Como filho e propriedade vossa, Amém🎶
São João XXIII
Santo do dia 11 de Outubro
Hoje com muita alegria celebramos a vida e morte de São João XXIII.
São João XXIII, seu nome de batismo Angelo Giuseppe Roncalli.
Pontificado: 28 de outubro de 1958-->3 de junho de 1963.
Seu lema episcopal:
OBŒDIENTIA ET PAX (Obediência e Paz)
"Um propósito: Quero ser bom, hoje, sempre, com todos.”
Assinar:
Postagens (Atom)