18 de jan. de 2016
MISSA PARTE POR PARTE
RITOS INICIAIS
Entrada do Celebrante
Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.
Saudação
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido bíblico. Nome em sentido bÍblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.
O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.
Ato penitencial
O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.
E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em perdão e estendemos a mão para perdoar a nós mesmos e aos outros.
Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: “Senhor, tende piedade de nós!”
Hino de louvor
O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos!
Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor.
OREMOS
A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
LITURGIA DA PALAVRA
Após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus". A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas súplicas e ofertas.
Primeira leitura
E quando se inicia a Liturgia da Palavra, peçamos ao Espírito Santo que nos fale por intermédio dos versículos bíblicos: que as leituras sejam para nós palavras de sabedoria, discernimento, compreensão e cura.
A Primeira Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.
Salmo responsorial
Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.
Segunda leitura
A Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.
Canto de aclamação ao Evangelho
Terminada a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembléia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que via nos falar.
Evangelho
Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar.
A Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para nosso coração.
Homilia
É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. A Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas de inspiração divina. Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia ensinado o povo e particularmente os discípulos.
Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Missão cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia continuar até o fim do mundo. Por isso Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a todos os povos. O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje".
Então o sacerdote explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.
Profissão de fé
Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo.
A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.
Oração da comunidade (Oração dos fiéis)
Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
E ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos também nossas ofertas a Deus.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor.
Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.
Procissão das oferendas
As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas no pão e no vinho, oferece a sua vida. O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.
Santo
Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto"! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.
Consagração do pão e vinho
O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI...
O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
"EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
Orações pela igreja
A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja peregrina e militante; está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja gloriosa e triunfante.
Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como "povo santo e pecador".
Por Cristo, com Cristo e em Cristo
Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.
Entrada do Celebrante
Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade.
Saudação
O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido bíblico. Nome em sentido bÍblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade.
O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.
Ato penitencial
O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.
E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em perdão e estendemos a mão para perdoar a nós mesmos e aos outros.
Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: “Senhor, tende piedade de nós!”
Hino de louvor
O Glória é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. No Glória (um dos primeiros cânticos de louvor da Igreja), entramos no louvor de Jesus diante do Pai, e a oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos!
Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor.
OREMOS
A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua.
LITURGIA DA PALAVRA
Após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como "Povo de Deus". A Palavra explicada, nosso compromisso com Deus, nossas súplicas e ofertas.
Primeira leitura
E quando se inicia a Liturgia da Palavra, peçamos ao Espírito Santo que nos fale por intermédio dos versículos bíblicos: que as leituras sejam para nós palavras de sabedoria, discernimento, compreensão e cura.
A Primeira Leitura geralmente é tirada do Antigo Testamento, onde se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi predito pelos Profetas a respeito do Messias.
Salmo responsorial
Salmo Responsorial antecede a segunda leitura, é a nossa resposta a Deus pelo que foi dito na primeira leitura. Ajuda-nos a rezar e a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.
Segunda leitura
A Segunda Leitura é tirada das Cartas, Atos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.
Canto de aclamação ao Evangelho
Terminada a Segunda Leitura, vem a Monição ao Evangelho, que é um breve comentário convidando e motivando a Assembléia a ouvir o Evangelho. O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que via nos falar.
Evangelho
Toda a Assembléia está de pé, numa atitude de expectativa para ouvir a Mensagem. A Palavra de Deus solenemente anunciada, não pode estar "dividida" com nada: com nenhum barulho, com nenhuma distração, com nenhuma preocupação. É como se Jesus, em Pessoa, se colocasse diante de nós para nos falar.
A Palavra do Senhor é luz para nossa inteligência, paz para nosso Espírito e alegria para nosso coração.
Homilia
É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. A Bíblia não é um livro de sabedoria humana, mas de inspiração divina. Jesus tinha encerrado sua missão na terra. Havia ensinado o povo e particularmente os discípulos.
Tinha morrido e ressuscitado dos mortos. Missão cumprida! Mas sua obra da Salvação não podia parar, devia continuar até o fim do mundo. Por isso Jesus passou aos Apóstolos o seu poder recebido do pai e lhes deu ordem para que pregassem o Evangelho a todos os povos. O sacerdote é esse "homem de Deus". Na homilia ele "atualiza o que foi dito há dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje".
Então o sacerdote explica as leituras. É o próprio Jesus quem nos fala e nos convida a abrir nossos corações ao seu amor. Reflitamos sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.
Profissão de fé
Em seguida, os fiéis se levantam e recitam o Credo. Nessa oração professamos a fé do nosso Batismo.
A fé é à base da religião, o fundamento do amor e da esperança cristã. Crer em Deus é também confiar Nele. Creio em Deus Pai, com essa atitude queremos dizer que cremos na Palavra de Deus que foi proclamada e estamos prontos para pô-la em prática.
Oração da comunidade (Oração dos fiéis)
Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
E ainda de pé rogamos a Deus pelas necessidades da Igreja, da comunidade e de cada fiel em particular. Nesse momento fazemos também nossas ofertas a Deus.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor.
Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo. É o milagre da Transubstanciação, pelo qual Deus mantém as aparências do pão e do vinho (matéria) mesmo que tenha desaparecido a substância subjacente (do pão e do vinho). Ou seja, a substância agora é inteiramente a do Corpo, Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.
Procissão das oferendas
As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. Na Missa nós oferecemos a Deus o pão e o vinho que, pelo poder do mesmo Deus, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor. Um povo de fé traz apenas pão e vinho, mas no pão e no vinho, oferece a sua vida. O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.
Santo
Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo Corações ao alto"! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor.
O final do Prefácio termina com a aclamação Santo, Santo, Santo... é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.
Consagração do pão e vinho
O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI...
O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI...... "FAZEI ISTO" aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Ceia.
"EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê.
Orações pela igreja
A Igreja está espalhada por toda a terra e além dos limites geográficos: está na terra, como Igreja peregrina e militante; está no purgatório, como Igreja padecente; e está no céu como Igreja gloriosa e triunfante.
Entre todos os membros dessa Igreja, que está no céu e na terra, existe a intercomunicação da graça ou comunhão dos Santos. Uns oram pelos outros, pois somos todos irmãos, membros da grande Família de Deus.
A primeira oração é pelo Papa e pelo bispo Diocesano, são os pastores do rebanho, sua missão é ensinar, santificar e governar o Povo de deus. Por isso a comunidade precisa orar muito por eles. Rezar pelos mortos é um ato de caridade, a Igreja é mais para interceder do que para julgar, por isso na Missa rezamos pelos falecidos. Finalmente, pedimos por nós mesmos como "povo santo e pecador".
Por Cristo, com Cristo e em Cristo
Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o cálice e a assembléia responde amém.
RITO DA COMUNHÃO
Pai nosso
Jesus nos ensinou a chamar a Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Ao nos abrirmos ao Pai, uma profunda sensação de integridade e descanso toma conta de nós. Como cristãos, fazer a vontade do Pai é tão importante para nosso espírito quanto o alimento é para nosso corpo.
O Pai Nosso, não é apenas uma simples fórmula de oração, nem um ensinamento teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por Jesus, o Pai-Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo. Portanto, deve ser vivido também pelos seus discípulos.
Com o Pai Nosso começa a preparação para a Comunhão Eucarística. Essa belíssima oração é a síntese do Evangelho. Para rezarmos bem o Pai Nosso, precisamos entrar no pensamento de Jesus e na vontade do Pai. Portanto, para eu comungar o Corpo do senhor na Eucaristia, preciso estar em "comunhão" com meus irmãos, que são membros do Corpo Místico de Cristo.
Pai Nosso é recitado de pé, com as mãos erguidas, na posição de orante.
Pode também ser cantado, mas sem alterar a sua fórmula. após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é continuação.
A paz
Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.
A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o dinheiro do mundo. A paz foi o que Jesus deu aos seus Apóstolos como presente de sua Ressurreição.
Que paz é essa da qual fala Jesus? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar dentro de nós e dentro de nossas casas.
Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem está em comunhão com Deus é que pode comunicar a seus irmãos a paz.
Fração do pão
O celebrante parte da hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
Cordeiro de Deus
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fIéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez.
Comunhão
A Eucaristia é um tesouro que Jesus, o Rei imortal e eterno, deixou como MIstério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo, Reis dos Reis, para alimento de vida eterna.
À mesa do Senhor recebemos o alimento espiritual
A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.
Modo de comungar
Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. O comungaste imediatamente, pega a Hóstia com a direita e comunga ali mesmo na frente do padre ou ministro. Ou direto na boca.
Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho é diretamente na boca.
Pós comunhão
Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos tem, poderíamos dizer, abraçados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que Deus está vivo e presente em nós!
Rito final
Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e é nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.
Como receber a benção
É preciso valorizar mais e receber com fé a benção solene dada no final da Missa. E a Missa termina com a benção.
Qual a parte mais importante da Missa?
É justamente agora a parte mais importante da Missa, quando Ela se acaba, pois colocamos em prática tudo aquilo que ouvimos e aprendemos durante a celebração, enfim quando vivenciamos os ensinamentos de Deus Pai.
A missão da Igreja no mundo Repensar fundamentos
A Igreja é sujeito e objeto da fé: sujeito enquanto “Povo de Deus”, objeto enquanto “mistério” e “sacramento de salvação”. Sua meta é o Reino de Deus, Reino de justiça e solidariedade, de misericórdia e paz. O anúncio e o advento do Reino colocam a Igreja permanentemente em estado de penitência e missão. A missão da Igreja, que emerge de sua origem e estrutura trinitária, é defender a plenitude da vida de todos e a integridade da vida de cada um. Essa luta pela vida que Deus nos deu inclui os espaços particulares e regionais, e, ao mesmo tempo, ultrapassa todas as fronteiras geográficas, étnicas e culturais.
A missão em defesa da vida
envolve a imagem de Deus. É a luta por algo absoluto. A missão é universal e
urgente como a vida (I). Esta missão, porém, não envolve somente uma imagem
abstrata de Deus, mas um Deus Emanuel que se encarnou no mundo em Jesus de Nazaré.
Por isso a missão é histórica. Nas sandálias dos missionários há poeira e
sangue. A inculturação bem-sucedida de ontem, hoje pode representar um peso
morto (II). A missão estabelece relações novas. A missão é relacional e
multidimensional como as pessoas e os grupos sociais. Segundo seus
interlocutores, ela muda seu discurso, sua metodologia, suas prioridades. A
prática missionária, além de ser universal e contextual, é também sempre
específica (III).
FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS
A Igreja é Povo de Deus,
comunidade constituída por comunidades que lutam pela vida a partir de sua fé.
Essa é a sua missão. Ela decorre de sua origem e estrutura trinitária.
A “natureza missionária” da Igreja tem sua origem no envio do Filho e na missão
do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai (cf. AG 2). Sua estrutura é
trinitária porque ela é “Povo de Deus”, “Corpo do Senhor” e “Templo do Espírito
Santo” (LG 17).
“Povo de Deus” quer dizer “povo
eleito por Deus”. Sua “eleição” não significa “exclusividade”, mas “universalidade”.
O “hálito de vida” que Iahweh-Deus insuflou na “argila do solo” para
transformá-la num ser vivente “à sua imagem” (Gn 1,26s; 2,7) não é privilégio
de uns poucos. Desde a criação, a missão — enquanto luta pela vida segundo a
imagem de Deus — tem um destino universal. É uma luta micro e
macroestruturalmente articulada. A missão em defesa da vida segundo a imagem de
Deus é uma luta por algo absoluto. Por isso ela é vinculada ao monoteísmo, ao
Deus único que revelou em Jesus Cristo a superabundância da graça. A vida não
pode ser defendida por deuses exclusivos, que se combatem entre si, nem por
ídolos projetados por cabeças humanas. Ao afirmar a universalidade da missão da
Igreja Povo de Deus, defendemos a abertura e não exclusividade de contextos, sistemas,
grupos humanos e do próprio Deus. Por isso podemos dizer que, através da
Igreja, “todo o gênero humano” é chamado a constituir-se Povo de Deus para
restaurar o mundo em Jesus Cristo (cf. LG 1; 3; 28; AG 4). Os projetos
históricos dos povos estão relacionados ao projeto de Deus que é o Reino.
A missão da Igreja no mundo é
convocar a humanidade para a defesa da vida das criaturas e da criação de Deus;
convocar para a libertação do mundo. Essa missão de “convocação” e
“restauração” representa um exercício permanente de “abertura” e “inovação”;
uma luta histórica contra a “exclusão” e o “conformismo”. A missão é o “sopro”
que dá vida à “argila” teológica, pastoral e institucional da Igreja. A missão
não é apenas um eixo do “ser” eclesial, nem mero “departamento pastoral”, mas
fonte e princípio de vida. Isso dizemos ao afirmar que “o Espírito Santo é o
protagonista de toda a missão eclesial” (RM 21). Ele — “pai dos pobres” —
rejuvenesce, purifica e renova a Igreja (cf. LG 4). Sua missão no mundo começa com
sua conversão aos pobres.
Caminhos de aproximação
O significado da missão se
esclarece na relação entre Deus e a humanidade. Essa relação é uma história de
aproximação, comunicação, convocação e solidariedade. Ela é sempre ameaçada
pela ruptura do pecado: pelo distanciamento e pelo fechamento, pela dispersão e
pelo egoísmo. Segundo a tradição da Igreja, o conjunto dos povos vive — desde a
arrogância monocultural de Babel (cf. Gn 11) —, desarticulado na confusão
linguística, na dispersão geográfica e isolados entre si, sem Iahweh como
interlocutor. A confusão e a dispersão marcam, segundo os escritores da Bíblia,
e, mais tarde, os Santos Padres, o início da escuridão e perversão religiosa do
politeísmo e da idolatria, portanto, o início do paganismo. Os pagãos vivem na
dispersão geográfica, na confusão linguística e na escuridão religiosa.
Repetidas vezes os missionários
comparam a situação linguística das Américas com a “confusão de Babel”. “Na
antiga Babel houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas já se
conhecem mais de cento e cinquenta, tão diversas entre si como a nossa e a
grega”, lamentava o padre Antônio Vieira em 1662[1]. “Aquilo que os gentios imolam, eles o
imolam aos demônios” (1Cor 10,20). Nessa situação, Deus Iahweh está sem
interlocutor autorizado. Assim termina a proto-história do povo de Israel. A confusão
de Babel lembra a confusão do “princípio”, quando a terra ainda estava no caos
e a trevas cobriam o abismo (cf. Gn 1,2).
Os autores bíblicos
descrevem lahweh co um Deus das Alianças, do diálogo, do perdão e Palavra (do
Verbo). Nunca se produziu uma ruptura total entre Deus e a humanidade. A
desgraça de Babei se converteu, através de Abraão, em graça, bênção
e promessa para a humanidade (cf Gn 12). Em Abraão — homem da fé e do caminho —
Deus elegeu um novo interlocutor e retoma a história com a humanidade. Mas o
“antissacramento” da ruptura continua como ameaça no interior do próprio povo
eleito. Está presente na idolatria em torno do bezerro de ouro, na ruptura do
exílio, no gueto fundamentalista em torno da Lei e do templo dos
que voltaram da Babilônia até a crise de identidade da Igreja pós-pascal, por
causa do estatuto teológico dos pagãos. Como justificar a composição do Novo
Israel por Judeus circuncisos, segundo a Lei de Moisés, e pagãos juramentados
“apenas” segundo a Lei de Cristo? A ruptura entre Deus e seu próprio povo e as
rupturas no interior deste povo eram, e continuam sendo, ameaças concretas. E a
ruptura tem um nome comum: pecado pessoal, social e institucional (cf. Medellín 2,15
e DEV 44). E pecado significa “morte”. Seu autor é o diabo, que “é
pecador desde o princípio” (1Jo 3,8). Por sua “inveja entrou a morte no mundo”
A MISSÃO DOS DOZE APOSTOLOS
Jesus chamou os seus doze
discípulos e lhes deu poder tanto para expulsarem demônios como para curarem
toda espécie de doença e enfermidade. Estes são os nomes dos doze apóstolos:
Simão, também chamado Pedro e André, seu irmão; os irmãos Tiago e João, filhos
de Zebedeu; Filipe;
Bartolomeu; Tomé; Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu;
Tadeu; Simão, o zelote [a]; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus.
Jesus enviou estes doze homens
com a seguinte ordem:
—Não entrem em nenhuma cidade
cujo povo não seja judeu, nem em nenhuma das cidades dos samaritanos [b]. Ao invés disso, procurem as
pessoas da nação de Israel, que são como ovelhas perdidas. 7 Vão e
proclamem esta mensagem: “O reino do céu está próximo!” Curem os leprosos
e os outros doentes, ressuscitem os mortos e expulsem os demônios. Vocês
receberam este poder de graça, portanto façam tudo isso de graça. 9 Vocês não
devem levar nenhum dinheiro—nem ouro, nem prata, nem cobre, e nem sacola
de viagem. Também não devem levar nem roupas extras, nem sandálias, nem cajado.
Digo isto porque todo trabalhador merece receber o seu alimento.
—Quando vocês chegarem a uma
cidade ou a uma vila, procurem uma pessoa de confiança e fiquem com ela até a
hora de irem embora. Quando vocês entrarem numa casa, cumprimentem as
pessoas. Se
as pessoas da casa forem dignas, que a paz que vocês desejarem a elas ao
cumprimentá-las permaneça sobre elas. Mas se não forem dignas, que a sua paz
volte para vocês. Se
alguma casa ou alguma cidade se recusar a recebê-los ou a ouvir o que vocês têm
para dizer, então saiam de lá. E quando vocês estiverem indo embora, sacudam a
poeira de suas sandálias, como uma advertência para aquela gente. Digo a
verdade a vocês: No Dia do Julgamento haverá mais tolerância para com o povo
das cidades de Sodoma e de Gomorra [c] do que para com as pessoas daquela
cidade.
Aviso aos discípulos
—Escutem, eu estou enviando vocês
como ovelhas para o meio de lobos. Sejam, portanto, espertos como cobras e
simples como pombas. Tenham cuidado com as pessoas, pois elas vão
levá-los aos tribunais e vão chicoteá-los em suas sinagogas. 18 Vocês serão levados
para serem julgados diante de governadores e de reis por minha causa, e lá
vocês terão oportunidade de testemunhar tanto aos judeus como também aos que
não são judeus.19 Quando
forem presos, não se preocupem nem com “o que” vocês vão falar nem com “a
maneira pela qual” vocês vão falar. Quando chegar a hora certa, lhes será dito
o que vocês devem falar. Lembrem-se de que não serão vocês que
estarão falando, mas sim que o Espírito [d] do Pai é que estará falando por
intermédio de vocês.
—Algumas pessoas entregarão seus
próprios irmãos para serem mortos e outras entregarão seus próprios filhos.
Filhos se voltarão contra seus pais e os matarão. Vocês serão
odiados por todos por causa do meu nome, mas aquele que permanecer firme até o
fim será salvo. Quando vocês estiverem sendo perseguidos numa cidade,
fujam para outra, pois eu lhes digo que o Filho do Homem [e] voltará antes que vocês consigam
percorrer todas as cidades de Israel.
—Nenhum discípulo é mais
importante do que o seu mestre, nem nenhum escravo é mais importante do que o
seu senhor. O discípulo deve ficar satisfeito em ser como o seu mestre e o
escravo em ser como o seu senhor. Se até mesmo o chefe da família é chamado de
Belzebu [f], quanto mais os membros da família?
Temam a Deus e não aos homens
—Não tenham medo dos homens,
pois não há nada que esteja oculto e que não venha a ser revelado, nem nada que
esteja escondido que não seja descoberto. Eu quero que vocês digam à luz
do dia o que estou dizendo às escuras e que gritem em voz alta o que estou
dizendo em particular. Não tenham medo daqueles que podem matar o corpo,
mas não podem matar a alma. Mas antes, tenham medo daquele que pode destruir no
inferno tanto a alma como o corpo. Vocês podem comprar dois pardais por
um centavo, mas nem um só deles cai no chão sem a permissão do Pai de vocês. 30 Até mesmo os
fios de cabelo de suas cabeças estão contados! 31 Por isso, não
tenham medo. Vocês valem muito mais do que muitos pardais.
Se alguém afirmar publicamente
ser meu seguidor, então eu também afirmarei diante de meu Pai que está no céu
que tal pessoa é meu seguidor.33 Mas aquele que me negar publicamente, eu também
o negarei diante de meu Pai que está no céu.
Dificuldades por seguir a Cristo
—Não pensem que vim trazer paz ao
mundo. Não vim trazer paz, mas sim espada. 35 Eu vim para fazer com que
estas coisas aconteçam:
“Filhos se voltarão contra seus
pais, filhas
contra suas mães e noras contra suas sogras.
Os piores inimigos de uma pessoa serão os membros de sua própria família”.
Os piores inimigos de uma pessoa serão os membros de sua própria família”.
—Quem ama a seu pai ou a sua mãe
mais do que a mim, não é digno de mim; e quem ama a seu filho ou a sua filha
mais do que a mim, não é digno de mim. 38 Quem não tomar a sua cruz e me
seguir, não é digno de mim. Aquele que quiser salvar a sua vida,
irá perdê-la; mas aquele que perder sua vida por minha causa, irá salvá-la.
Recompensas por seguir a Cristo
—Quem recebe a vocês, recebe
também a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe
um profeta [h] pelo fato de ele ser profeta,
receberá a recompensa de profeta. Quem recebe a um homem justo pelo fato de ele
ser justo, receberá a recompensa de justo. E lhes digo também isto: Qualquer
pessoa que der mesmo que seja um copo de água fria a qualquer um destes
pequeninos, que são meus seguidores, por causa do meu nome, sem dúvida que
também receberá a sua recompensa.
A oração: alimento para a espiritualidade
“No suor dos teus dias, usa a
oração sem mostrá-la. Na oração falas com Deus, no serviço Deus te fala”. A
oração faz parte da espiritualidade. Porém, não é a mesma coisa que
espiritualidade. Esta é mais do que a oração. Podemos fazer oração, mas não
termos espiritualidade. É o caso da oração que separa fé e vida, que se isola
da história. Torna-se oração descomprometida com a vida, oração sem a presença
e a abertura verdadeira para Deus. A oração para ser parte da espiritualidade
deve ser vivida, testemunhada. Ela deve criar uma relação amorosa com Deus, uma
intimidade. É a oração que vai alimentar, nutrir e fortalecer a
espiritualidade. Para melhor entendermos, vale lembrar a analogia do amor
conjugal que a Bíblia tanto usa. A autenticidade dos momentos de especial
intimidade do casal humano, como expressão de amor, depende muito de como eles
vivem o ritmo mais comum e permanente da vida a dois. Beijo de gente que se ama
vinte e quatro horas por dia, é diferente de quem busca o outro apenas para uma
satisfação passageira. Seria muito estranho se o casal dispensasse momentos de
maior intimidade com desculpas do tipo: “Não precisa! Já moramos juntos na
mesma casa. Estamos cansados de saber que nos queremos bem”... Ora, que quem
entra por este caminho acaba esfriando e esvaziando o relacionamento conjugal.
O amor vai definhando por falta de gestos concretos de carinho e reciprocidade.
Assim também ocorre com a oração. Somente uma vida de oração pode dar
consistência aos momentos específicos de intimidade com Deus. A oração é o
combustível para a dinâmica do encontro permanente com Deus e da leitura da sua
presença nas mais diferentes situações. Para o teólogo Marcelo de Barros, a
oração é uma experiência integradora: “cuidar da oração é olhar de novo a raiz
de nossa vida, de nossas opções e trabalhos e garantir a saúde da árvore
inteira”. Importante é perceber a oração como experiência de amor. Ela, como
diz Santa Teresa de Jesus, “não é nada mais do que um íntimo relacionamento de
amizade a sós com aquele que nos ama”. O caminho da espiritualidade supõe
esforço, exercício (ascese), uma certa disciplina, porque a oração não é algo
instintivo, que nos vem de dentro. Ela exige seu tempo, seu lugar. Se não se
impõe certa disciplina, a oração acaba sendo prejudicada. Daí a importância de
abrimos espaços permanentes na nossa prática pastoral para esse encontro
pessoal e profundamente com Senhor (encontro também comunitário). Momento para
a pessoa se trabalhar, penetrar na profundidade do mistério. Temos que nos
sentir “seduzidos” pela profundidade do encontro, e reviver a experiência de
Jeremias: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7).
Espiritualidade e imagens de Deus
Não é difícil perceber como o
nosso jeito de ser, de rezar, de interpretar os fatos está intimamente ligado a
imagem de Deus que cultivamos. Sabemos que qualquer idéia ou definição de Deus
será sempre incompleta, imperfeita, parcial. Por isso temos Jesus, revelação do
Pai. Muitas vezes nossas atitudes deixam de revelar um Deus-Amor e Misericórdia
e acabam por imprimir uma imagem de um Deus severo, juiz e castigador. A
experiência e a imagem que temos de Deus pode influenciar determinantemente a
experiência e a imagem que nossos catequizandos podem ter de Deus. Um
discernimento constante nos ajudaria a perceber nossas reais motivações para a
vivência de nossa espiritualidade. Sempre cabe perguntar: Isto que estou
fazendo ou sentindo, apontam para que tipo de imagem de Deus?
Espiritualidade é:
• É descobrir
a providência divina nas dificuldades diárias;
• Desde a
alegria de ter nascido até a respiração que faço agora;
• É sentir
Deus no abraço de uma criança;
• É ir dormir
morrendo de cansaço, mas feliz por ter sentido Deus no serviço ao outro;
• É ver
noticiários de pessoas que fazem algo bom e se alegrar com isso;
• É perguntar:
Senhor, o que queres que eu faça?Essa imagem é a do Deus revelado por Jesus ou
é o retrato distorcido daquilo que Deus é em sua essência?
O desejo de Deus
O
desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi
criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em
Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso:
«A razão
mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus.
Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois
se existe, é só porque, criado por Deus por amor, é por Ele, e por amor,
constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não
reconhecer livremente esse amor e não se entregar ao seu Criador».
De
muitos modos, na sua história e até hoje, os homens exprimiram a sua busca de
Deus em crenças e comportamentos religiosos (orações, sacrifícios, cultos,
meditações, etc.). Apesar das ambiguidades de que podem enfermar, estas formas
de expressão são tão universais que bem podemos chamar ao homem um ser religioso:
Deus
«criou de um só homem todo o gênero humano, para habitar sobre a superfície da
terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os
homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente por O atingir e encontrar.
Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n'Ele que vivemos, nos
movemos e existimos» (Act 17, 26-28).
Mas
esta «relação íntima e vital que une o homem a Deus» pode ser esquecida,
desconhecida e até explicitamente rejeitada pelo homem. Tais atitudes podem ter
origens diversas a revolta contra o mal existente no mundo, a ignorância ou
a indiferença religiosas, as preocupações do mundo e das riquezas, o mau
exemplo dos crentes, as correntes de pensamento hostis à religião e,
finalmente, a atitude do homem pecador que, por medo, se esconde de Deus e
foge quando Ele o chama .
«Exulte
o coração dos que procuram o Senhor» (Sl 105, 3). Se o homem pode esquecer ou
rejeitar Deus, Deus é que nunca deixa de chamar todo o homem a que O procure,
para que encontre a vida e a felicidade. Mas esta busca exige do homem todo o
esforço da sua inteligência, a rectidão da sua vontade, «um coração recto», e
também o testemunho de outros que o ensinam a procurar Deus.
És
grande, Senhor, e altamente louvável; grande é o teu poder e a tua sabedoria é
sem medida. E o homem, pequena parcela da tua criação, pretende louvar-Te – precisamente
ele que, revestido da sua condição mortal, traz em si o testemunho do seu
pecado, o testemunho de que Tu resistes aos soberbos. Apesar de tudo, o homem,
pequena parcela da tua criação, quer louvar-Te. Tu próprio a isso o incitas,
fazendo com que ele encontre as suas delícias no teu louvor, porque nos fizeste
para Ti e o nosso coração não descansa enquanto não repousar em Ti .
Os
caminhos de acesso ao conhecimento de Deus
Criado
à imagem de Deus, chamado a conhecer e a amar a Deus, c homem que procura Deus
descobre certos «caminhos» de acesso ao conhecimento de Deus. Também se lhes
chama «provas da existência de Deus» – não no sentido das provas que as
ciências naturais indagam mas no de «argumentos convergentes e convincentes»
que permitem chegar a verdadeiras certezas.
Estes
«caminhos» para atingir Deus têm como ponto de partida criação: o mundo
material e a pessoa humana.
O mundo: A partir do movimento e do devir, da
contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao conhecimento de
Deu: como origem e fim do universo.
São
Paulo afirma a respeito dos pagãos: «O que se pode conhecer de Deus manifesto
para eles, porque Deus lho manifestou. Desde a criação do mundo, a perfeições
invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornam-se pelas suas
obras, visíveis à inteligência» (Rm 1, 19-20) .
E
Santo Agostinho: «Interroga a beleza da terra, interroga a beleza do mar
interroga a beleza do ar que se dilata e difunde, interroga a beleza do céu
[...] interroga todas estas realidades. Todas te respondem: Estás a ver como
somo belas. A beleza delas é o seu testemunho de louvor [«confessio»]. Essas belezas sujeitas à
mudança, quem as fez senão o Belo [«Ptdcher»], que não está sujeite à mudança?» .
O homem: Com a sua abertura à verdade e à
beleza, com o seu sentido do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua
consciência, com a sua ânsia de infinito e de felicidade, o homem interroga-se
sobre a existência de Deus. Nestas aberturas, ele detecta sinais da sua alma
espiritual. «Gérmen de eternidade que traz em si mesmo, irredutível à simples
matéria» , a sua alma só em Deus pode ter origem.
O
mundo e o homem atestam que não têm em si mesmos, nem o seu primeiro princípio,
nem o seu fim último, mas que participam do Ser-em-si, sem princípio nem fim.
Assim, por estes diversos «caminhos», o homem pode ter acesso ao conhecimento
da existência duma realidade que é a causa primeira e o fim último de
tudo, «e a que todos chamam Deus» .
As
faculdades do homem tornam-no capaz de conhecer a existência de um Deus
pessoal. Mas, para que o homem possa entrar na sua intimidade, Deus quis
revelar-Se ao homem e dar-lhe a graça de poder receber com fé esta revelação.
Todavia, as provas da existência de Deus podem dispor para a fé e ajudar a
perceber que a fé não se opõe à razão humana.
O
conhecimento de Deus segundo a Igreja
«A
Santa Igreja, nossa Mãe, atesta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as
coisas, pode ser conhecido, com certeza, pela luz natural da razão humana,
a partir das coisas criadas» . Sem esta capacidade, o homem não poderia
acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade porque foi criado «à
imagem de Deus» (Gn 1,
27).
Nas
condições históricas em que se encontra, o homem experimenta, no entanto,
muitas dificuldades para chegar ao conhecimento de Deus só com as luzes da
razão:
«Com
efeito, para falar com simplicidade, apesar de a razão humana poder
verdadeiramente, pelas suas forças e luz naturais, chegar a um conhecimento
verdadeiro e certo de um Deus pessoal, que protege e governa o mundo pela sua
providência, bem como de uma lei natural inscrita pelo Criador nas nossas
almas, há, contudo, bastantes obstáculos que impedem esta mesma razão de usar
eficazmente e com fruto o seu poder natural, porque as verdades que dizem
respeito a Deus e aos homens ultrapassam absolutamente a ordem das coisas
sensíveis; e quando devem traduzir-se em actos e informar a vida, exigem que
nos dêmos e renunciemos a nós próprios. O espírito humano, para adquirir
semelhantes verdades, sofre dificuldade da parte dos sentidos e da imaginação,
bem como dos maus desejos nascidos do pecado original. Daí deriva que, em tais
matérias, os homens se persuadem facilmente da falsidade ou, pelo menos, da
incerteza das coisas que não desejariam fossem verdadeiras» .
É por
isso que o homem tem necessidade de ser esclarecido pela Revelação de Deus, não
somente no que diz respeito ao que excede o seu entendimento, mas também sobre
«as verdades religiosas e morais que, de si, não são inacessíveis à razão, para
que possam ser, no estado actual do género humano, conhecidas por todos sem
dificuldade, com uma certeza firme e sem mistura de erro» .
Como
falar de Deus?
Ao defender a capacidade da razão humana
para conhecer Deus, a Igreja exprime a sua confiança na possibilidade de falar
de Deus a todos os homens e com todos os homens. Esta convicção está na base do
seu diálogo com as outras religiões, com a filosofia e as ciências, e também
com os descrentes e os ateus.
Mas
dado que o nosso conhecimento de Deus é limitado, a nossa linguagem, ao falar
de Deus, também o é. Não podemos falar de Deus senão a partir das criaturas e
segundo o nosso modo humano limitado de conhecer e de pensar.
Todas
as criaturas são portadoras duma certa semelhança de Deus, muito especialmente
o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. As múltiplas perfeições das
criaturas (a sua verdade, a sua bondade, a sua beleza) reflectem, pois, a
perfeição infinita de Deus. Daí que possamos falar de Deus a partir das
perfeições das suas criaturas: «porque a grandeza e a beleza das criaturas
conduzem, por analogia, à contemplação do seu Autor» (Sb 13, 5).
Deus
transcende toda a criatura. Devemos, portanto, purificar incessantemente a
nossa linguagem no que ela tem de limitado, de ilusório, de imperfeito, para
não confundir o Deus «inefável, incompreensível, invisível, impalpável» com as nossas representações humanas. As nossas palavras humanas ficam sempre
aquém do mistério de Deus.
Ao
falar assim de Deus, a nossa linguagem exprime-se, evidentemente, de modo
humano. Mas atinge realmente o próprio Deus, sem todavia poder exprimi-Lo na
sua infinita simplicidade. Devemos lembrar-nos de que, «entre o Criador e a
criatura, não é possível notar uma semelhança sem que a dissemelhança seja
ainda maior» , e de que «não nos é possível apreender de Deus o que
Ele é, senão apenas o que Ele não é, e como se situam os outros seres em
relação a Ele».
Resumindo:
O
homem é, por natureza e vocação, um ser religioso. Vindo de Deus e caminhando
para Deus, o homem não vive uma vida plenamente humana senão na medida em que
livremente viver a sua relação com Deus.
O homem foi feito para viver em comunhão
com Deus, em quem encontra a sua felicidade: «Quando eu estiver todo em Ti, não
mais haverá tristeza nem angústia; inteiramente repleta de Ti, a minha vida
será vida plena».
Quando
escuta a mensagem das criaturas e a voz da sua consciência, o homem pode
alcançar a certeza da existência de Deus, causa e fim de tudo.
A
Igreja ensina que o Deus único e verdadeiro, nosso Criador e Senhor; pode ser
conhecido com certeza pelas suas obras, graças à luz natural da razão humana .
Nós
podemos realmente falar de Deus partindo das múltiplas perfeições das
criaturas, semelhanças de Deus infinitamente perfeito, ainda que a nossa
linguagem limitada não consiga esgotar o mistério.
«A
criatura sem o Criador esvai-se». Por isso, os crentes sentem-se
pressionados pelo amor de Cristo a levar a luz do Deus vivo aos que O ignoram
ou rejeitam.
Nos Passos de Deus:
Era um daqueles dias de muito
serviço em casa. Com 6 crianças e um a caminho, ele ficava ainda mais agitado.
Neste dia em particular, eu
estava com mais dificuldades para fazer as tarefas de rotina, por causa de um
pequeno menino.
Marcos, que tinha cinco anos
naquela época, não se desgrudava de mim, aonde quer que eu fosse. Sempre que eu
parava para fazer alguma coisa e me virava, eu tropeçava nele.
Diversas vezes, eu pacientemente
sugeri atividades divertidas para mantê-lo ocupado e afastado.
— Você gosta de brincar no
balanço, não gosta? Então vai brincar lá.
Mas ele simplesmente me lançou um sorriso
inocente e disse:
— Eu gosto mãe. Mas eu prefiro
ficar aqui com você. E continuou a saltar feliz atrás de mim. Após pisar em seu
pé pela quinta vez, eu comecei a perder a paciência e insisti que fosse para
fora brincar com as outras crianças.
Quando eu lhe perguntei por que
estava agindo daquela forma, ele me olhou com aqueles doces olhos e disse:
— Sabe o que é? Na aula de domingo
o professor disse para a gente andar nos passos de Deus. Como não posso vê- lo,
estou seguindo os seus.
Eu recolhi Marcos em meus braços
e o apertei bastante. Lágrimas me brotaram dos olhos, lágrimas de amor e
carinho, e uma prece veio-me ao coração, prece de agradecimento pelo simples,
contudo, bonito ponto de vista de um menino de cinco anos.
Moral da história:
Andemos nos passos de Deus,
seguindo Jesus em Sua Vida e em Seus Ensinamentos, pois somos o espelho e o
exemplo para os nossos filhos.
REZE A NOVENA DA MISERICORDIA
“Em cada dia da novena, conduzirás ao meu coração um grupo diferente de almas e as mergulharás no oceano da minha Misericórdia. Eu conduzirei todas as almas à casa do meu Pai. Por minha parte, nada negarei a nenhuma daquelas almas que tu conduzirás à fonte da minha Misericórdia. Cada dia pedirás a meu Pai, pela minha amarga Paixão, graças para essas almas”
Primeiro
dia
Hoje, traze-me a humanidade inteira, especialmente
todos os pecadores, e mergulha-os no oceano da minha Misericórdia. Com isso,
vais consolar-me na amarga tristeza em que me afunda a perda das almas.
Misericordiosíssimo Jesus, de
quem é próprio ter compaixão de nós e nos perdoar, não olheis os nossos
pecados, mas a confiança que depositamos em Vossa infinita bondade. Acolhei-nos
na mansão do Vosso compassivo coração e nunca nos deixeis sair dele. Nós Vo-lo
pedimos pelo amor que Vos une ao Pai e ao Espírito Santo.
Eterno Pai, olhai com
misericórdia para toda humanidade, encerrada no coração compassivo de Jesus,
mas especialmente para os pobres pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão,
mostrai-nos a Vossa Misericórdia, para que glorifiquemos Sua onipotência por
toda a eternidade. Amém.
Segundo
dia
Hoje, traze-me as almas dos sacerdotes e religiosos e
mergulha-as na minha insondável Misericórdia. Elas me deram força para suportar
a amarga Paixão. Por elas, como que por canais, corre para a humanidade a minha
Misericórdia.
Misericordiosíssimo Jesus, de
quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a graça, para que pratiquemos
dignas obras de misericórdia, a fim de que aqueles que olham para nós
glorifiquem o Pai da Misericórdia que está no céu.
Eterno Pai, dirigi o olhar da
Vossa Misericórdia para a porção eleita da Vossa vinha: para as almas dos
sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes o poder da Vossa bênção e, pelos
sentimentos do coração de Vosso Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a
força da Vossa luz, para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e
juntamente com eles cantar a glória da Vossa insondável Misericórdia, por toda
a eternidade. Amém.
Terceiro
dia
Hoje, traze-me todas as almas piedosas e fiéis e
mergulha-as no oceano da minha Misericórdia. Essas almas consolaram-me na
Via-Sacra; foram aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.
Misericordiosíssimo Jesus, que
concedeis prodigamente todas as graças do tesouro da Vossa Misericórdia,
acolhei-nos na mansão do Vosso compassivo coração e não nos deixeis sair dele
pelos séculos; suplicamo-Vos pelo amor inconcebível de que está inflamado o
Vosso coração para com o Pai Celestial.
Eterno Pai, olhai com
Misericórdia para as almas fiéis, como a herança do Vosso Filho. Pela Sua
dolorosa Paixão, concedei-lhes a Vossa bênção e cercai-as da Vossa incessante
proteção, para que não percam o amor e o tesouro da santa fé, mas, com toda a
multidão dos anjos e santos, glorifiquem a Vossa imensa misericórdia por toda a
eternidade. Amém.
Quarto
dia
Hoje, traze-me os pagãos e
aqueles que ainda não me conhecem e nos quais pensei na minha amarga Paixão. O
seu futuro zelo consolou o meu coração. Mergulha-os no mar da minha
Misericórdia.
Misericordiosíssimo Jesus, que
sois a luz de todo o mundo, aceitai, na mansão do Vosso compassivo coração, as
almas dos pagãos que ainda não Vos conhecem. Que os raios da Vossa graça os
iluminem para que também eles, juntamente conosco, glorifiquem as maravilhas da
Vossa Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo coração.
Eterno Pai, olhai com
misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que ainda não Vos conhecem e
que estão encerrados no coração compassivo de Jesus. Atrai-as à luz do
Evangelho. Essas almas não sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com
que também elas glorifiquem a riqueza da Vossa Misericórdia por toda a eternidade.
Amém.
Quinto
dia
Hoje, traze-Me as almas dos
cristãos separados da unidade da Igreja e mergulha-as no mar da minha
Misericórdia. Na minha amarga Paixão dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração,
isto é, a minha Igreja. Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as
minhas Chagas e dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Misericordiosíssimo Jesus que
sois a própria bondade, Vós não negais a luz àqueles que Vos pedem, aceitai na
mansão do vosso compassivo coração as almas dos nossos irmãos separados, e
atrai-os pela vossa luz à unidade da Igreja e não os deixeis sair da mansão do
vosso compassivo Coração, mas fazei com que também eles glorifiquem a riqueza
da Vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com
Misericórdia para as almas dos nossos irmãos separados que esbanjaram os Vossos
bens e abusaram das Vossas graças, permanecendo teimosamente nos seus erros.
Não olheis para os seus erros, mas para o amor do vosso Filho e para a sua
amarga Paixão, que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no
Coração compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a vossa
Misericórdia por toda a eternidade. Amém.
Sexto
dia
Hoje, traze-Me as almas mansas,
assim como as almas das criancinhas, e mergulha-as na minha Misericórdia. Essas
almas são as mais semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na amarga
Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que futuramente iriam
velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo torrentes de graças. Só a alma
humilde é capaz de aceitar a minha graça; as almas humildes favoreço com a
minha confiança.
Misericordiosíssimo Jesus, que
dissestes: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração”, aceitai na
mansão do Vosso compassivo Coração as almas mansas e humildes e as almas das
criancinhas. Estas encantam o Céu todo e são a especial predileção do Pai
Celestial, são como um ramalhete diante do trono de Deus, com cujo perfume o
próprio Deus se deleita. Essas almas têm a mansão permanente no Coração
compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor e misericórdia pelos
séculos.
Eterno Pai, olhai com
Misericórdia para as almas mansas e humildes e para as almas das criancinhas,
que estão encerradas na mansão compassiva do Coração de Jesus. Estas almas são
as mais semelhantes a vosso Filho; o perfume destas almas eleva-se da Terra e
alcança o vosso trono. Pai de Misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo
amor e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo todo, para
que todas cantem juntamente a glória à Vossa Misericórdia, por toda a
eternidade. Amém.
Sétimo
dia
Hoje, traze-Me as almas que
veneram e glorificam de maneira especial a minha Misericórdia e mergulha-as na
minha Misericórdia. Essas almas foram as que mais sofreram por causa da minha
Paixão e penetraram mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva
do meu Coração compassivo. Essas almas brilharão com especial fulgor na vida futura.
Nenhuma delas irá ao fogo do inferno; defenderei cada uma delas de maneira
especial na hora da morte.
Misericordiosíssimo Jesus, cujo
Coração é o próprio amor, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as
almas que honram a glorificam de maneira especial a grandeza da vossa
Misericórdia. Estas almas tornadas poderosas pela força do próprio Deus,
avançam entre penas e adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Essas
almas estão unidas com Jesus e carregam sobre os seus ombros a humanidade toda.
Elas não serão julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia as envolverá no
momento da morte.
Eterno Pai, olhai com
Misericórdia para as almas que glorificam e honram o vosso maior atributo, isto
é, a vossa inescrutável Misericórdia; elas estão encerradas no Coração
compassivo de Jesus. Essas almas são o Evangelho vivo e as suas mãos estão
cheias de obras de misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino
de misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a vossa
Misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós colocaram. Que se
cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: “As almas que veneram a minha
insondável Misericórdia, Eu mesmo as defenderei durante a vida, especialmente
na hora da morte, como minha glória.” Amém.
Oitavo
dia
Hoje, traze-Me as almas que se
encontram na prisão do Purgatório e mergulha-as no abismo da minha
Misericórdia; que as torrentes do meu Sangue refresquem o seu ardor. Todas
essas almas são muito amadas por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em
teu alcance trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as
indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu tormento,
incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito e pagarias as suas
dívidas à minha justiça.
Misericordiosíssimo Jesus, que
dissestes que quereis misericórdia, eis que estou trazendo à mansão do vosso
compassivo Coração as almas do Purgatório, almas que Vos são muito queridas e
que no entanto devem dar reparação à vossa justiça; que as torrentes de Sangue
e Água que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do Purgatório,
para que também ali seja glorificado o poder da vossa Misericórdia.
Eterno Pai, olhai com
Misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório e que estão encerradas no
Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos que, pela dolorosa Paixão de Jesus,
vosso Filho, e por toda a amargura de que estava inundada a sua Alma
santíssima, mostreis vossa Misericórdia às almas que se encontram sob o olhar
da vossa Justiça; não olheis para elas de outra forma senão através das Chagas
de Jesus, vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a Vossa bondade e
Misericórdia são incomensuráveis. Amém.
Nono
dia
Hoje, traze-Me as almas tíbias e
mergulha-as no abismo da minha Misericórdia. Essas almas ferem mais
dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu
repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai, afasta de Mim este cálice,
se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer
a minha Misericórdia.
Ó compassivo Jesus, que sois a
própria Compaixão, trago à mansão do vosso compassivo Coração as almas tíbias;
que se aqueçam no fogo do vosso amor puro estas almas geladas, que, semelhantes
a cadáveres, Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo, usai a
onipotência da vossa Misericórdia e atraí-as até ao fogo do vosso amor e
concedei-lhes o amor santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno Pai, olhai com
Misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo
de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso
Filho e por sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas
glorifiquem o abismo da vossa Misericórdia. Amém.
TERÇO DA DIVINA MISERICÓRDIA
Pai-Nosso
Pai Nosso, que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome;
venha a nós o Vosso Reino; seja feita a Vossa Vontade, assim na terra como no
Céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair
em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave-Maria
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco;
bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre,
Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na
hora de nossa morte. Amém.
Creio
Creio em Deus-Pai Todo Poderoso, criador do céu e da
terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da
Virgem Maria; Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia,
subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso, de
onde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na
remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida
eterna. Amém.
Nas contas grandes
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue,
a Alma e a Divindade do Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus
Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
Nas contas pequenas
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia
de nós e do mundo inteiro.
No fim do Terço diz-se três vezes
Deus Santo, Deus Forte, Deus
Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.
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