Entenda o significado e como receber
indulgências
O Ano
da Santo da Misericórdia já
está se aproximando: a abertura acontecerá no próximo dia 8 de dezembro, na
Solenidade da Imaculada Conceição. E para entender melhor o que significa este
ano jubilar e como bem viver, seguem abaixo as orientações, como praticar as
obras de misericórdia e receber indulgências.
Outra dica também para os jovens é se aprofundar na mensagem do Papa Francisco para a XXXI
Jornada Mundial da Juventude 2016, a ser realizada de 25 a 31 de julho, em
Cracóvia (Polônia). O tema da JMJ se insere no contexto do Ano da Misericórdia
e este texto do Santo Padre orienta ainda os jovens a como se preparar para o
grande encontro mundial.
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização
preparou também um site com todas as informações e notícias sobre o ano
jubilar.
O que é o Ano Santo?
O Papa Francisco anunciou o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia
por meio da Bula de Proclamação Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia). O Jubileu
inicia em 08 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016,
com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.
A
celebração do Jubileu se origina no judaísmo. Consistia em uma comemoração de
um ano sabático que tinha um significado especial. A festa se realizava a cada
50 anos. Durante o ano os escravos eram libertados, restituíam-se as
propriedades às pessoas que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as
terras deviam permanecer sem cultivar e se descansava. Era um ano de
reconciliação geral. Na Bíblia, encontramos algumas passagens dessa celebração
judaica (cf. Lv 25,8).
O que significa Jubileu?
A palavra Jubileu se inspira no termo hebreu de yobel, que se
refere ao chifre do cordeiro que servia como instrumento musical. Jubileu,
também tem uma raiz latina, iubilum que representa um grito de alegria. Na
tradição católica, o Jubileu consiste em que durante um ano se concedem
indulgências aos fiéis que cumprem certas disposições estabelecidas pelo Papa.
O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. A celebração do Ano Santo
Ordinário acontece em um intervalo a cada 25 anos, com o objetivo de que cada
geração experimente pelo menos uma em sua vida. Já o Ano Santo Extraordinário
se proclama como celebração de um fato destacado. O Jubileu proclamado pelo
Papa Francisco é um Ano Santo Extraordinário. É um convite para que, de maneira
mais intensa, fixemos o olhar na Misericórdia do Pai.
Por que abrir uma porta no Ano Santo?
A
Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma, só se abre durante um Ano Santo
e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia
de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Abram-me
as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de
aberta, entoa-se um canto de Ação de Graças e o Papa atravessa esta porta com
seus colaboradores.
O que fazer nesse ano?
Na Bula Misericordiae Vultus,
o Papa Francisco sugere algumas iniciativas que podem ser vividas em diferentes
etapas:
·
Realizar peregrinações;
·
Praticar as obras de misericórdia;
·
Intensificar a oração;
·
Passar pela Porta Santa em Roma ou na Diocese;
·
Perdoar a todos;
·
Buscar o Sacramento da Reconciliação;
·
Superar a corrupção;
·
Receber a indulgência;
·
Participar da Eucaristia;
·
Fortalecer o ecumenismo;
·
Converter-se.
O que é a indulgência?
Indulgência
é a remissão diante de Deus da pena devida aos pecados, cuja culpa já foi
perdoada. Cada vez que alguém se arrepende e se confessa, é perdoado a culpa
dos pecados cometidos, mas não a pena. Por exemplo, se alguém mata uma pessoa e
se arrepende, depois pede perdão e procura o Sacramento da Penitência, receberá
o perdão. Contudo, como repassar o mal cometido que tirou a vida de alguém? Por
isso permanece uma pena após o perdão. Essa situação pode ter um indulto, uma
indulgência, que a Igreja oferece em certas condições especiais e quando o fiel
está bem disposto a buscar a santidade de vida, aproximando-se cada vez mais de
Deus. A Igreja pode oferecer a indulgência pelos méritos de Cristo, de Maria e
dos santos que sempre participam da obra da salvação. Sobre isso, escreveu o
Papa Francisco: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que
são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos
nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém,
é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através
da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo
das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no
amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).
Como receber a indulgência?
Para receber a indulgência todos são chamados a realizar uma
breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas
estabelecidas pelo Bispo diocesano, como sinal do profundo
desejo de verdadeira conversão. É importante que este momento esteja
unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da
Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia. Será necessário acompanhar
essas celebrações com a profissão de fé e com a oração pelo Papa, para o bem da
Igreja e do mundo inteiro.
Há indulgências para os falecidos?
A
indulgência pode ser obtida também para os que faleceram. A eles estamos unidos
pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na
Celebração Eucarística, também podemos, no grande mistério da Comunhão dos
Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de
qualquer resíduo de culpa e possa abraça-los na felicidade sem fim.
E os doentes e idosos?
Para
eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência
de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição
indica o caminho para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança
este momento de provocação, recebendo a comunhão ou participando na Celebração
Eucarística e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de
comunicação, será, para eles, o modo de obter a indulgência jubilar.
As obras de misericórdia
A
experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as
vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente, obterá a
indulgência jubilar.
Obras corporais
1. Dar
de comer aos famintos;
2. Dar
de beber aos que tem sede;
3. Vestir
os nus;
4. Acolher
o estrangeiro;
5. Visitar
os enfermos;
6. Visitar
os encarcerados;
7. Sepultar
os mortos.
Obras espirituais
1. Aconselhar
os duvidosos;
2. Ensinar
os ignorantes;
3. Admoestar
os pecadores;
4. Consolar
os aflitos;
5. Perdoar
as ofensas;
6. Suportar
com paciência as injustiças;
Rezar
a Deus pelos vivos e pelos mortos.
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